Recentemente meu avô foi cremado e jogamos as cinzas no mar, onde ele costumava nadar na juventude. Foi uma experiência muito diferente dos enterros que já fui. Me fez refletir bastante sobre o assunto.
Não lembro de visitar cemitérios como turista, mas por motivos de despedida mesmo estive em alguns bem bonitos por aqui como o da Praia dos Ossos em Búzios e o Cemitério dos Ingleses na Gamboa. Lugares com natureza realmente trazem mais leveza para esse momento.
Quando morei em Washington achei estranhíssimo o hábito das pessoas almoçarem no cemitério! Tinha um perto da minha casa que consistia num grande gramado cheio de lápides e q na primavera ficava verdinho, florido e cheio de gente que deixava seus locais de trabalho e lá sentavam na grama para almoçar. Com o tempo fui percebendo que era uma ótima ideia almoçar ali ao ar livre, aproveitando o sol, o silêncio e a tranquilidade que contrastavam demais com a rua movimentada em q ficava o cemitério. Para quem almoçava ali era um lugar muito apropriado para sair do caos urbano, da sala fechada do trabalho, enfim era um lugar para relaxar e repor as energias para seguir trabalhando.
Adorei o cemitério de árvore q você descreveu! Na casa da minha família em Búzios já temos cinzas de três queridos: um amigo dos meus pais q está no Pau Brasil, meu pai q está no canteiro só dele, um amigo meu q está no vaso de uma planta centenária. Minha mãe já tem
um canteiro que a receberá um dia e eu quero ficar espalhada por lá no pé de brinco de princesa, na quaresmeira, num outro Pau Brasil onde está enterrado meu amado cão Jonas e ainda, no pé de Cacho de Ouro.😀😉😘
Talvez você curta esse livrinho "Urn Burial" do Thomas Browne. Um clássico de ler em Halloweens. É um ensaio curtinho que começa a partir de uma descoberta arqueológica do que seria um cemitério-ish e a partir daí o autor vai argumentando pela transitoriedade e sentido da vida, etc. Linguagem arcaica bem cretina, mas depois que você quebra ela, tem umas coisinhas legais ali.
EM TEMPO: como você diz que "visitei a Eva Perón, mas não me motivei a buscar mais sobre o assunto", SAIBA QUE quando ela morreu houve uma espécie de comoção nacional e aí, para capitalizar em cima disso, o governo trocou as entranhas dela por uns algodões e botou o corpo para ser exibido em praça pública, mas aí um dia alguém ROUBOU o corpo da Eva Perón e meio que acharam o cadáver embalsamado 15 anos depois, uns dizem que enterrado em Milão (!), outros no porão da casa de um alemão em Berlin Oriental (!!), etc, várias lendas urbanas aí pra explorar, ONDE ESTARÁ A VERDADE?
Cara, eu lembro de uma coisa assim na visita do cemitério! Flashback agora que você comentou! Mas lá, pelo que me lembre, falavam como se fosse teoria da conspiração. Fiquei curiosa agora! Amo seu HD mental que guarda só coisa maneira
Recentemente meu avô foi cremado e jogamos as cinzas no mar, onde ele costumava nadar na juventude. Foi uma experiência muito diferente dos enterros que já fui. Me fez refletir bastante sobre o assunto.
Não lembro de visitar cemitérios como turista, mas por motivos de despedida mesmo estive em alguns bem bonitos por aqui como o da Praia dos Ossos em Búzios e o Cemitério dos Ingleses na Gamboa. Lugares com natureza realmente trazem mais leveza para esse momento.
Que lindo esse ritual do seu avô. Acredito que rituais e lugares são muito importantes para nosso processo de luto
Quando morei em Washington achei estranhíssimo o hábito das pessoas almoçarem no cemitério! Tinha um perto da minha casa que consistia num grande gramado cheio de lápides e q na primavera ficava verdinho, florido e cheio de gente que deixava seus locais de trabalho e lá sentavam na grama para almoçar. Com o tempo fui percebendo que era uma ótima ideia almoçar ali ao ar livre, aproveitando o sol, o silêncio e a tranquilidade que contrastavam demais com a rua movimentada em q ficava o cemitério. Para quem almoçava ali era um lugar muito apropriado para sair do caos urbano, da sala fechada do trabalho, enfim era um lugar para relaxar e repor as energias para seguir trabalhando.
Adorei o cemitério de árvore q você descreveu! Na casa da minha família em Búzios já temos cinzas de três queridos: um amigo dos meus pais q está no Pau Brasil, meu pai q está no canteiro só dele, um amigo meu q está no vaso de uma planta centenária. Minha mãe já tem
um canteiro que a receberá um dia e eu quero ficar espalhada por lá no pé de brinco de princesa, na quaresmeira, num outro Pau Brasil onde está enterrado meu amado cão Jonas e ainda, no pé de Cacho de Ouro.😀😉😘
Que lindo! Não sabia disso em Búzios. Quando morrer, quero algo assim também.
O cemitério de Washington é aquele dos soldados? Fiquei curiosa!
BTW - Adorei a dica do texto sobre o tempo
Que bom!
Não! Era um perto da minha casa, na Wisconsin Avenue. Eu morava na região de Glover Park, fronteira com Georgetown.
Talvez você curta esse livrinho "Urn Burial" do Thomas Browne. Um clássico de ler em Halloweens. É um ensaio curtinho que começa a partir de uma descoberta arqueológica do que seria um cemitério-ish e a partir daí o autor vai argumentando pela transitoriedade e sentido da vida, etc. Linguagem arcaica bem cretina, mas depois que você quebra ela, tem umas coisinhas legais ali.
EM TEMPO: como você diz que "visitei a Eva Perón, mas não me motivei a buscar mais sobre o assunto", SAIBA QUE quando ela morreu houve uma espécie de comoção nacional e aí, para capitalizar em cima disso, o governo trocou as entranhas dela por uns algodões e botou o corpo para ser exibido em praça pública, mas aí um dia alguém ROUBOU o corpo da Eva Perón e meio que acharam o cadáver embalsamado 15 anos depois, uns dizem que enterrado em Milão (!), outros no porão da casa de um alemão em Berlin Oriental (!!), etc, várias lendas urbanas aí pra explorar, ONDE ESTARÁ A VERDADE?
Cara, eu lembro de uma coisa assim na visita do cemitério! Flashback agora que você comentou! Mas lá, pelo que me lembre, falavam como se fosse teoria da conspiração. Fiquei curiosa agora! Amo seu HD mental que guarda só coisa maneira